Culpa
Ontem João Carlos veio pra Belo Horizonte.
Christiano vai trabalhar em Curvelo por uma semana e eu estou aqui naquela correria de todo dia.
Fato é que fiquei apreensiva, pensando como resolverísmos a sua situação
Pensando no quanto ele tem sido forte, por suportar esse peso que resolvemos colocar sobre seus frágeis e pequenos ombros
Está com a rotina toda quebrada
A escola prejudicada, cada dia num lugar...
Meu coração de mãe sente isso de uma forma que se traduz em culpa
Uma culpa que me destrói
Quando ele chegou eu estava fazendo aula de educação física
(alguns tiros de 400 m)
Ele correu, me deu um abraço que eu esperava como o alimento que me mantém viva
Ouvi sua voz gritando: _ Mãe!
E correu pra mim...
Abracei, beijei seus cabelos, perguntei um monte de coisas como se tivesse tempo de ouvir as respostas
Daí ele foi assistir minha aula...
A cada volta ele dizia:
_Mamãe, você ganhou?
E me ensinava a correr, pra que eu pudesse ganhar a medalha de ouro
Dizia: "Minha mãe já não está aguetando!"
Me estimulava: "Mamãe, só vai faltar três agora"
Depois de tudo isso, fui tomar banho e retornar para as aulas
Ele e Chris foram para o hotel
Depois almoçamos juntos... que dia bom!
De forma precária recuperando minha família!
À noite fomos lanchar
Depois o deixamos na casa da Tate, vez que D. Marilza, muito gentilmente nos ajudará nessa semana
Antes, ele perguntou:
"Papai, você vai ficar comigo?"
(não, tenho que trabalhar)
"E você, mamãe, vai ficar comigo?"
(não, tenho que trabalhar)
"Então eu vou ficar sozinho?"
(não, meu filho, você vai ficar com a vovó e com a tia Tate)
Me perdoa, meu filho... eu não sei se poderei recuperar esse tempo depois, mas espero que no final isso aqui tenha um significado que seja bom para todos nós.
Eu penso em você o dia todo, vivo por você meu pequeno!
Desde o dia que soube que você estava abrigado em mim, nada mais teve significado senão por você!
Te amo infinitamente, ou como você diz: no número que é o último, mil vezes e em todos os espaços.
Tenho que parar, porque já sinto as lágrimas formarem...
Christiano vai trabalhar em Curvelo por uma semana e eu estou aqui naquela correria de todo dia.
Fato é que fiquei apreensiva, pensando como resolverísmos a sua situação
Pensando no quanto ele tem sido forte, por suportar esse peso que resolvemos colocar sobre seus frágeis e pequenos ombros
Está com a rotina toda quebrada
A escola prejudicada, cada dia num lugar...
Meu coração de mãe sente isso de uma forma que se traduz em culpa
Uma culpa que me destrói
Quando ele chegou eu estava fazendo aula de educação física
(alguns tiros de 400 m)
Ele correu, me deu um abraço que eu esperava como o alimento que me mantém viva
Ouvi sua voz gritando: _ Mãe!
E correu pra mim...
Abracei, beijei seus cabelos, perguntei um monte de coisas como se tivesse tempo de ouvir as respostas
Daí ele foi assistir minha aula...
A cada volta ele dizia:
_Mamãe, você ganhou?
E me ensinava a correr, pra que eu pudesse ganhar a medalha de ouro
Dizia: "Minha mãe já não está aguetando!"
Me estimulava: "Mamãe, só vai faltar três agora"
Depois de tudo isso, fui tomar banho e retornar para as aulas
Ele e Chris foram para o hotel
Depois almoçamos juntos... que dia bom!
De forma precária recuperando minha família!
À noite fomos lanchar
Depois o deixamos na casa da Tate, vez que D. Marilza, muito gentilmente nos ajudará nessa semana
Antes, ele perguntou:
"Papai, você vai ficar comigo?"
(não, tenho que trabalhar)
"E você, mamãe, vai ficar comigo?"
(não, tenho que trabalhar)
"Então eu vou ficar sozinho?"
(não, meu filho, você vai ficar com a vovó e com a tia Tate)
Me perdoa, meu filho... eu não sei se poderei recuperar esse tempo depois, mas espero que no final isso aqui tenha um significado que seja bom para todos nós.
Eu penso em você o dia todo, vivo por você meu pequeno!
Desde o dia que soube que você estava abrigado em mim, nada mais teve significado senão por você!
Te amo infinitamente, ou como você diz: no número que é o último, mil vezes e em todos os espaços.
Tenho que parar, porque já sinto as lágrimas formarem...
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